sábado, 30 de junho de 2012

Sim, pode entrar...

As personalidades criadas para esconder as peças principais nesse meu jogo labirinto, em que o que é bom, o que é corruptível e alienável foram sendo descobertos pelo xeque-mate de sua presença em minha vida, por suas palavras doces, por vezes autoritárias, ditas e pensadas quando minha intenção era ganhar, onde agora me encontro submissa a tudo isso, envolvendo seu toque, seu pensamento, sua respiração em minha pele e peito, ambos trêmulos, quando todos os sentidos e racionalidades aguçados foram postos em teste, fazendo meus pressupostos serem colocados em dúvida e toda a fé naquilo que eu ousava achar correto foram substituídos, pelo que, em pouco tempo passa a representar muito para mim. Você. E hoje, a causa do meu bom humor a cada minuto, basicamente se resume em ver teu rosto envergonhado, em sentir tua pele deslizando sobre a minha quando nada mais importa e, então,  lembrar de seu sorriso bobo causado por palavras consideradas sem valor e, somente agora, sei o quanto valem estar impregnadas em minha alma. Sim, pode entrar, sem licença, sem permissões prévias, nesse meu mundo inexorável em que você teve o prazer de desconstruir e construir em mim, algo que sempre fui, mas nunca explicitei a ninguém. Só a você. Você que soprou vida no que estava em torpor, e ficaria assim, por um bom tempo... tempo esse que você usurpou e reciclou em algo admirável: eu e você. Para K.