quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Anonimamente

vai minha tristeza, silenciosa, como um veneno pulsando na corrente sanguínea, consumindo, inebriando e ressuscitando tantos pensamentos perdidos. Estes que estão longe porém ao mesmo tempo tão perto. Pensamentos estes que anseio estar e que já estive, por pouco tempo, o qual julguei muito. Todo início tem um fim. E a linha final é inevitável: apenas um ganha. Não chorei sua ausência, nem tive arrependimentos por ela. Mas porque meu coração ainda se reprime por tantas memórias?Espalhadas em lugares, fotos, cadernos, bilhetes, roupas, papéis de presente, livros, incensos, músicas... apesar de não ter você, continuo te possuindo de tantas outras formas insuficientes para curar o vazio que restou de tanto... amor?
Gostaria de encontrar seu antídoto, este que preencheria tanta tristeza com a certeza que o meu querer você transcende sua capacidade emocional de compreender a minha. E assim sigo, com risadas sem graças,  pensamentos perdidos e olhares vazios.

Mas amanhã tudo passa, lembro que na verdade nem fostes boa assim e que sem você, meus dias são mais produtivos e livres de tanto rancor, o qual você alimentava com satisfação.

Pela manhã tamanha tristeza adormece, pois à noite sempre é a hora do seu plantão.

Parabéns, você venceu.

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