sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Carnival

"Carnival came by my town today
Bright lights from giantwheels
Fall on the alleyways
And I'm here
By my door
Waiting for you
I will never know
'Cause you will never show
Come on and love me now
I hear sounds of lovers
Barrel organs, mothers
I would like to take you
Down there
Just to make you mine
In a merry-go-round..."

Simples assim...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Caminhos certos, pensamentos opostos

Sabe o momento em que você está preso na sinaleira e quando você menos espera o sinal verde já abriu e você tem que seguir em frente? Estou me sentindo assim. E incrivelmente está sendo uma das melhores sensações que senti nos últimos tempos. Quando você premedita algo e anseia que ela aconteça, por mais que ela aconteça, ela não irá satisfazer, justamente pelo fato de ser algo premeditado. Mas então, acontece algo tão louco, tão intenso, tão gostoso, tão especial e é aí que de uma certa forma, tudo se encaixa no lugar certo e me faz pensar o quanto é bom deixar que as coisas aconteçam sem nenhuma forma, sem nenhuma especulação. Isso não signifique que eu esteja limitada a algo, mas há tantos caminhos que sempre tenho o péssimo hábito de pôr um pensamento oposto neles. Talvez não seja um péssimo hábito e sim uma espécie de escudo, para esconder toda a vulnerabilidade que existe. Mas como é possível visualizar um caminho certo com tanto pensamento oposto? Não visualize. Sinta, viva, deixe acontecer. Então eu permaneço em repouso, sem sequer fazer um movimento, apenas observando. De uma forma ou de outra, é melhor assutar as pessoas para elas não verem o quão assustada você está.

domingo, 26 de setembro de 2010

Pulsar

Primeira reação foi ter meu coração trabalhando em bombear meu sangue mais que o normal. Não foi uma reação, foi a falta dela. Depois ela se aproximou e então tudo que se encontrava estável se desequilibrou. Minha mão tremia ao levar o cigarro na boca, meu peito pulsava de forma violenta e somente um olhar dado, ignorado, me faz imaginar o que leva dois conhecidos se desconhecerem. Parece que tudo bom e ruim havia se descartado. Raiva, ansiedade, desejo, dúvida, covardia, tudo circulava em minha aura e então tudo se foi. Passado deve continuar enterrado, assim como os mortos. Mas sempre haverá o brilho eterno de uma mente que gostaria de estar sem lembranças. E é logo depois que percebo que um carma foi designado à minha pessoa. Coisas intensas permanecem intensas, seja para o lado emotivo ou físico. Gostaria de não precisar de tal intensidade, mas percebo que ela é a essência do meu ser e talvez seja por isso que atraio tanta coisa desnecessária. Necessário seria eu viver sem o desnecessário.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tic tac, tic tac

São coisas tão bestas que me fazem perceber o quanto o tempo já passou. Ainda lembro que em quatro anos atrás falar de sexo era algo tão vulgar, hoje em dia é conversa de cotidiano. Sair pra beber com os amigos passa a ser rotina, e antes beber era só em festinhas de 15 anos, escondido dos pais. Sobrinhos nascem e quando você pisca os olhos, ele já fala tudo, já faz de tudo um pouco. E é nessa mudança que me vejo, onde ter relacionamentos passa a ser algo "necessário", onde ter emprego é algo fundamental e cursar uma faculdade é um pré-requisito pra ser alguém na vida.
Paixões, decepções, tudo começa a fazer sentido, tudo faz parte de um crescimento pessoal, de um desenvolvimento emocional. É de onde se criam as barreiras de proteção, onde você muda certas atitudes e apesar de tudo, permanece com outras.
É sobre essas barreiras que me veio a vontade de falar, barreira essa que me deixa insegura e me faz desconfiar de coisas em que confiava plenamente no passado. O problema é que essas barreiras não podem ser aplicadas a todos, afinal, cada um pensa e age de um jeito peculiar. Questiono o fato dessas barreiras surgirem para proteção própria e acabam interferindo negativamente em outras pessoas. Pessoas essas que aparecem com a promessa de mudar seu conceito anterior. Eu acho impossível destruir essas barreiras, mas acho altamente cabível moldá-las para algo positivo.
A única coisa que encontro dificuldade é de reconstruir meus defeitos, que depois de tanta decepção e ilusão, acabaram se tornando piores do que eram. É através desse tempo tão astucioso que espero alguma mudança, alguma mutação do que me fortaleceu e do que me amargou.


sexta-feira, 4 de junho de 2010

Cheiro de livro novo

Eu sempre soube que de certa forma meus dezoito anos iriam mudar minha vida. E já está acontecendo. Tem uma energia tomando conta de mim, algo que nunca conheci antes, parece um estado progressivo de frenesi, onde meus sentidos ficam todos aguçados e minha alegria permanece constante. É algo como respirar puro oxigênio após um minuto sem ar, como se todas as coisas que me fizeram mal nos ultimos tempos fossem expelidas, ou se converteram em puro êxtase. Estou exalando luxúria e essa sensação parece me dar um poder incrível. Quero permanecer assim: intensa, indescritível.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Amor denotativo, ódio conotativo

Raiva é passageira, o ódio, não da forma intensa e denotativa, mas da forma emocional, é alimentado e enterrado vivo de alguma forma. Quando desenterrado, vem de forma tão intensa, que o amor que criei por toda minha vida morre, sendo substituído por algo tão forte e tão infeliz, que é o que eu sinto nesse momento. Sempre fui fácil de perdoar, difícil de esquecer, e mesmo esquecendo momentâneamente, fica ali, vivo, em torpor, esquecido. Só precisa de uma linha de vida, pra tudo voltar, tudo que aconteceu em dezoito anos, todas as coisas ruins apagam as coisas boas, e mesmo que eu tente relembrar, uma muralha impede todas as flechas boas, que são queimadas instantâneamente. Às vezes me pergunto se todos passam por problemas, às vezes acho que eu fui amaldiçoada por ter alguém que tenha o dom de me magoar, e logo esse alguém que deveria ser meu equilíbrio e sanidade de alguma forma. E depois de todo furacão, os destroços aparecem, e me lembro que antes de tudo, mãe é algo insubstituível, mas mesmo assim, desejo profundamente que um espaço seja criado, porque todo esse desgaste me destrói, me desmorona.
Fui calejada a me refazer, e assim farei.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um coração por um cérebro

O que me deixa vulnerável sempre foi aquilo em que tem uma capacidade básica de me destruir. Uma vez vulnerável, vejo cada tijolo que construí ao meu redor se decompor, como se aquilo em que me tornei fosse uma máscara, um falso ego. Nunca quis ter coração, nem mesmo pedi por isso. Ser frio, calculista ou apenas racional é tão inspirador, é inatingível. Esse corpo curvilíneo é controlado por um cérebro coberto por uma inspiração demoníaca. E são esses pequenos demônios que afirmam coisas em que meu coração não concorda. É atingido, é dilacerado, é enterrado novamente. É um ciclo de fazer os outros sofrerem de alguma forma para não sofrer, e quando tento mudar, toda a dor causada volta de alguma forma. "Tudo o que vai, volta", acredite, volta. Mas não nasci perfeita, nem mesmo quero ser. Gosto daquilo que é errado, daquilo que é impuro, obsceno e escuro. Sou um péssimo exemplo com um coração tão bom quanto a perfeição, por isso o troco por um cérebro, de preferência o mais velho possível. A perfeição não existe, e em mim, nunca existirá. E toda essa dor, me faz mutável a algo tão demoníaco, que nem mesmo imagino o que possa vir. Que venham todos os demônios, que me possuam em todas as formas, a santidade não mais existe aqui.



quarta-feira, 17 de março de 2010

Paixão sôfrega

"Sim, estou apaixonada." É, não dói admitir e de certo ponto é bom jogar tal notícia nas pessoas que se dizem insensíveis, assim como eu afirmava ser. Estar apaixonado é uma sensação inebriante, essa é a definição literária que chega exatamente perto da minha sensação real. Mas nem tudo que inebria faz bem, porque querer a pessoa e ela estar longe, imaginar a pessoa e ela não se materializar naquele instante para poder saciar minha sede em tê-la é difícil. E quando me encontro a sós com meus pensamentos, lá está ela, sorrindo, e até posso sentir seu perfume se impregnando em mim aos poucos para deixar vestígios quando não mais estiver com ela. Abdiquei meu posto de inexorável, meu posto daquela que está para o que der e vier, meu posto de disponível, tudo isso por um singelo posto movido por paixão, onde minha personalidade mais racional se torna vulnerável e onde minha personalidade mais complexa sofre sérias desfragmentações, deixando exposto aquilo na qual eu escondia, meu peito aberto. E é isso que te ofereço, meu peito aberto, minha mente desfragmentada, tudo simplificado do que um dia foi impenetrável. O pequeno anjo ao lado direito de meu ombro sussurra: "você se tornou alguém mais parecida com você mesma, você está prestes a se jogar num precipício que pode ser longo ou curto, onde você pode ser amortecida ao final ou você irá quebrar, se desfazer por completo. Mas qualquer que seja o final, será por uma boa causa."; já o pequeno demônio ao lado esquerdo me aconselha: "ser você mesma a deixa vulnerável, na sua primeira queda você verá que ser você mesma te destrói, seja alguém melhor, sendo pior do que era."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Não joguem pedra na Geni

Eu lembro de uma cena aos seis anos em que estava na cozinha ouvindo o rádio e então tocou Geni e o Zepelim do Chico Buarque. Eu interpretei a música de uma forma tão profunda que me fez chorar, eu não lembro muito bem o porque e nem ao menos lembrava da letra da música. Resolvi procurar essa música e quando vi a letra fiquei emocionada a ponto de eriçar minha pele. É tão intensa e tão injusta que me fez refletir sobre a sociedade em que vivemos.
A música fala de Geni, uma mulher na qual dá seu corpo aos pobres, aos velhos, aos deficientes, aos orfãos, às viúvas, a todas as pessoas em que a sociedade condena. Todos a julgam como depravante, todos querem sua desgraça pelo fato dela se entregar às pessoas em que todos excluem. Mas então, chega alguém superior a todos, na qual promete destruir tudo e a todos até conhecer Geni. Um homem poderoso, rico que Geni recusou, preferindo animais a ele. É então que as pessoas começam a beijar os pés de Geni, e a pobre Geni com seu coração bom acreditou em tanta sinceridade e sentimentos que resolveu se entregar ao forasteiro poderoso. Ela salvou a todos, até se sentiu bem por ter ajudado as pessoas na qual demonstraram tanto afeto por ela e é então que todos começam a julgá-la novamente:

"Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni"

O que mais me intriga, foi o fato de com seis anos eu ter conseguido sentir o que essa música transmite, que é justamente sobre tanta falsidade encobrindo tantos rostos que só descobrimos no momento em que deixamos de servir para alguma coisa. Um bom exemplo em que consigo aplicar a letra é sobre nossa política, na qual os pobres só são lembrados na época da eleição, onde os candidatos muito bem intencionados mostram tamanha pobreza de nosso país, prometem inúmeras coisas, conquistam a esperança dessas pessoas desafortunadas e quando consegue o que quer, os apedrejados são os pobres, que continuam com tamanha miséria. É uma vergonha que Chico Buarque transformou em arte.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Jornada do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente)

Você tem que acordar cedo, bem cedo, antes do sol nascer. Então se arruma, espera um ônibus por qualquer tempo, não estimado. Finalmente, o ônibus passa. Ali mesmo, você adquire a viagem com espetáculo do sol nascer pelo preço de R$2,30. Por sorte, não tem trânsito, afinal, não são tantas pessoas que acordam cedo assim. Chegando lá você vê que tem gente que acorda cedo sim, já tem uma fila de trinta ou quarenta pessoas, mas por sorte, você será atendido. Chega um rapaz muito ajeitadinho, usa até gravata e recita várias instruções. Ele não fez um ensino superior, mas pelo menos trabalha direitinho, é um cara responsável, assim como boa maioria ali presente na fila, que a essa hora deve estar entre sessenta pessoas. Então ele te orienta e te dá um papelzinho. Você acorda cedo pra conseguir um papelzinho, uma espécie de bingo pra ter direito a um serviço público. Ótimo, já são seis da manhã é só esperar o número presente no papelzinho ser sorteado. Mas, o que acontece? Outro rapaz ajeitadinho só atenderá a partir das 7:40, então eles são legais e ligam a TV de plasma muito sofisticada e te apresentam um vídeo super interativo com várias informações sobre o que o SAC pode fazer para sua vida ficar mais fácil e mais confortável. Recapitulando, tudo isso para tirar uma carteira de trabalho, afinal, você só será alguém na vida ou alguém que queira ser algo caso possua a bendita carteira azul. Pois bem, você espera, aprende tudo o que o sac tem para te informar (que não é pouca coisa) e acaba decorando, porque deve ter repetido tantas vezes que com aquele calor você só tinha duas coisas a fazer: abanar seu rosto com os documentos necessários e continuar assistindo naquela belíssima televisão de plasma. Finalmente, às 7:40 eles começam a atender, chama um, dois, três, todos os números dos papéizinhos e tcharam: seu número foi sorteado. Lá tem uma moça muito gentil e simpática que te atende, coisa de cinco minutos. Então você faz a jornada pra conseguir cinco minutos da atenção da querida atendente do sac, que amávelmente lhe entrega outro papel e pede para você voltar novamente depois de um mês, afinal, a jornada continua.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Eu tenho...

um amor platônico para chamar de meu.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

UFO

Hoje assisti um filme que me intrigou completamente, The Fourth Kind. Sempre temi coisas desconhecidas, coisas que ninguém nunca provou, ainda mais alienígenas ou qualquer nome que eles tenham. Nunca imaginei o que eu assisti hoje. Foi tudo tão real, pelo fato de ter sido gravações reais, e me perguntei: será que Deus é a única força superior a nós?
Percebi que nós, humanos, somos uma das raças mais inferiores do mundo, sendo que nos sentimos tão superiores, tão sábios. Em uma das gravações, mostra uma voz de fonte desconhecida afirmando ser Deus, e o que a psicologa Abigail Tyler falou, me fez pensar e temer também. A voz falou primeiramente para a Abigail: "Não precisa rezar, somos os salvadores". E em outra gravação, na qual Abigail teve que fazer contato com os alienígenas via hipnose (única forma para pedir sua filha, já que há tanta gente ignorante para não acreditar em coisas "sobrenaturais") para então pedir a filha de volta, após a criança supostamente ter sido abduzida, a voz fala: "Ela é minha. Eu sou... Deus." Na entrevista, ela fala que há seres superiores a nós, e estes tentam fingir ser Deus (pelo fato de saberem ser superior aos humanos e nos fazerem de ratos de laboratório) mas não podem ser, já que Deus deve ser algo que não nos destrua. E isso me fez questionar: será que Deus realmente é bom? Prefiro acreditar que sim, porque se não, não haverá esperança alguma nos humanos.
Os humanos deviam parar de ser ignorantes e abrir a mente para conhecer algo que não conhecemos, algo que não possamos imaginar. Sempre disse não acreditar em coisas sobrenaturais, mas porque temo tanto, já que agora não tenho coragem de ir dormir de noite, sozinha? Todos nós temos medo daquilo que nos é estranho, isso é fato. A partir de hoje, não acredito no ditado popular que diz: "Só acredito vendo".