quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Onde jaz, meu coração?

Ousei abrir,
Aquela velha pasta fichário,
Para relembrar ou até descobrir
E entre tantas memórias,
Bilhetes, guardanapos apaixonados.
Fotos 3x4 e porta-copos datados,
Encontrei tantas cartas de amor,
Ridículas, como assim julga Bethânia,
Inclusive as suas, as quais estava destinada a abdicar,
Queimar, ou simplesmente esquecer.
Mas de tantos sentimentos que esperava ter,
Apenas consegui sorrir,
Ao perceber o bem que me tiveste feito,
Mesmo ao tirá-lo de mim.
Li-os, guardei-os
E percebi que a arte de perder, como geniosamente define Bishop
Não é uma arte difícil de dominar,
Por mais desastrosa que aparente.
Meu coração jaz tranquilo,
Em paz,
No bem que me fez ao te perder,
E perceber que o sol e a lua continuaram lindos todos os dias
Mesmo sem você.


20/11/2013, às 17:02.

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